terça-feira, 21 de julho de 2009

Presos em Canaletas


Imagem: Claude Monet

Na noite de 16 de junho, os presos da Prisão Provincial de Canaleta em Ciego de Ávila protestaram em massa devido ao fato de que não tinham água para o banho e muitos, nem para tomar. Além disso haviam passado, na maioria, todo o dia sem telefone, além da proibição da televisão das dez da manhã até as seis da tarde - nova disposição do Ministério do Interior - suportando um calor terrível.

Quando eram cerca de dez da noite, começou a ouvir-se assobios e apitos, acompanhados do grito ÁGUA, ÁGUA, ÁGUA. No pavilhão 3 a situação se agravou quando os prisioneiros perguntaram ao funcionário da ordem interna, Despaine, pela ausência do precioso líquido. E ele continuava caminhando, dando-lhes as costas de modo chantagista.

Aos vinte minutos apareceram no citado pavilhão o Oficial da Guarda Superior Capitão Alberto, o Oficial da Guarda Chefe de Pelotão, o Segundo Chefe de Ordem del Interior, Laudinó, e outros funcionários.

Em seguida os militares explicaram que devido a falta de combustível na rede elétrica nacional, não haviam ligado a turbina para abastecer de água e que logo que chegasse a eletricidade a situação seria resolvida.

Os presos manifestaram à comitiva militar a irritação com o funcionário Despaine e este foi transferido, na hora, por outro. Finalmente a água chegou no pavilhão 3 as 12:25 da madrugada. Na prisão de Canaletas convivem mais de duznetos presos que permaneceram sem água corrente por mais de 17 horas contínuas.

Pablo Pacheco
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