
Cheguei a pensar que para Chávez a palavra diplomacia é igual a uma prostituta, claro que isso tem muito a ver com o mandatário colombiano Álvaro Uribe, que aceitou o jogo de Chávez, que nestes momentos, pelo poder do petróleo venezuelano, acredita-se e atua como se fosse o centro do mundo.
Chávez está histérico com as sete novas bases americanas no território colombiano. Segundo o mandatário de Caracas, ameaçam severamente a revolução que comanda. Talvez este homem não tenha compreendido o curso da história, todo aquele que atenta contra as liberdades dos homens está condenado ao fracasso.
As vezes, refletindo numa noite de desvelo estirado na minha cama, rodeado por outros 26 reclusos à quem apenas interessa analizar a situação de Cuba, cheguei a conclusão de me sentir arando no meio do mar. Como é possível que políticos de esquerda critiquem até cansarem a decisão soberana da Colômbia e por outro lado calem-se irresponsavelmente sobre a precária situação dos presos políticos cubanos.
Sem muito barulho, as autoridades de Havana violam sistemáticamente os direitos destes homens e de seu povo, ao ponto de negar a mais elementar proteção à todos os apenados que pertencem ao grupo dos 75, e que estão em tempo de condicional, sobretudo aqueles cuja sanção não ultrapassa os 20 anos de privação de liberdade.
Sei e digo por conta própria, que as vezes carregamos prejuízos que não deixam de ser arcaicos. Viemos ao cárcere por uma lei injusta e irracional. Porém em essência, todos lutamos e ainda o fazemos pelos direitos de nossos compatriotas.
Então, porque agora não gritamos que estão violando um direito constitucional nosso, como é ter o direito de aceder à severidade mínima. Chávez, Correa, Evo Morales e o próprio Raúl Castro sabem o que querem e estou convencido que não descansarão até lograrem um bloco continental e manipularem as mentes dos seus povos, e culpar o poderoso do norte por fracassos atrás de fracassos.
Não existem diferenças entre W. Busch e aqueles que pensam: que não estando comigo estão contra mim. Espero que alguém com carater dentro do governo chavista o faça entender que ninguém é o centro do mundo.
Pablo Pacheco, prisioneiro de consciência, prisão de Canaleta, Ciego de Ávila, Cuba
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