segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Repressão sórdida

Para ouvir o post como foi transmitido telefônicamente clique aqui:
http://vocescubanas.com/voztraslasrejas/2010/01/31/sordida-represion/

Penoso de se descrever, porém o faço com clara honestidade. Militares envolvidos numa sórdida repressão contra o jovem Yuniel Perdomo Pino, vizinho da divisão Cruz Verde, Cotorro, Cidade de Havana.

O guarda Rider lhe deu duas cacetadas quando reclamava por assistência médica devido a uma perna infeccionada por fezes em 15 de junho de 2009. O capitão Eugenio de la Cruz ordenou que o conduzissem com as mãos nas costas para a ordem interna. Alí forçaram-no para tirar de sua boca uma parte de uma lâmina de barbear. O major Landy, segundo chefe da prisão ordenou:

-Revistem-no que os viados escondem as lâminas entre as nádegas.

Abaixaram-lhe as calças e o primeiro suboficial Omar Baudinot Malleta lhe remexeu entre as nádegas com um lápis, ante os olhares de Esmir, Gamboa, Guerra, Cartalla e Viltres, todos militares com cargos. Perdomo pergunta ao major Landy se isso é permitido numa revista e este aprova.

-O denunciarei! - gritou Yuniel.

-Não poderás prová-lo porque aqui todos somos militares! - lhe responderam.

Colocaram-no numa cela de castigo sem méritos e imobilizado até que 3 dias depois o capitão Cintra o visita, transladando-o ante o chefe da prisão tenente-coronel Reinerio Díaz Betancourt, do major Landy e de Omar Baudinot Malleta, quando Perdomo Pino ratificou a agressão sexual e o atentado à dignidade de que foi objeto.

Prestou declaração ante o suposto fiscal militar em 16 de janeiro de 2010. Durante uma parte da entrevista o tenente-coronel Reinerio Díaz Betancourt lhe propôs:

-Se fosses outra pessoa dirias à tua mãe que retire a acusação e nós te ajudamos por aqui, te retiramos do trabalho.

Da prisão provincial Canaletas, Ciego de Ávila, Félix Navarro Rodríguez, prisioneiro de consciência e membro do partido pela democracia Pedro Luis Boitel.

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