quinta-feira, 20 de maio de 2010

Pedido de Solidariedade



Oitenta e seis meses. Neste 18 de maio os integrantes do grupo dos 75 que ainda permanecemos sequestrados como réfens do regime totalitário castrista, faremos sete anos e dois meses isolados do nosso ambiente familiar e social. O motivo é havermos sido comunicadores sociais e lutadores civilistas a favor dos direitos e liberdades inerentes a dignidade da pessoa humana. Nesse mesmo dia ocorrerá em Madrid, Espanha, a cúpula da União Européia, América Latina e Caribe em cuja agenda estará o tema cubano. Por este motivo alguns de nós estaremos fazendo uma greve de fome de 72 horas, para que os alí presentes não esqueçam que em Cuba existem presos políticos e de consciência e não impera um estado de direito. Também queremos recordar com esta ação que nosso afetuoso irmão de dissidência, Guillermo "Coco" Fariñas, completa nesta data 84 dias de greve de fome, pedindo a libertação de uma vintena de prisioneiros de consciência encerrados nas senzalas comunistas cubanas.

A União Européia é formada por 27 países democráticos e alguns deles conheceram o que é o "socialismo real", o partido único, a economia centralizada e estatal, a violação contumaz da Declaração Universal dos Direitos Humanos e os êrros e horrores da frustante ideologia marxista-leninista. Os cubanos continuamos sofrendo e padecendo todas as misérias materiais e espirituais que são geradas por um regime totalitário desde há meio século. estamos precisando de solidariedade para nossa causa digna, em favor da verdade, a liberdade, a justiça e o amor, especialmente do reino da Espanha que também sofreu e padeceu sob a ditadura franquista e conhece o valor do apoio internacional.

Repito: solidariedade é o que pedimos à essa Cúpula com os que lutamos por uma nova Cuba que seja de "todos, com todos e pelo bem de todos" como paradigmáticamente nos convoca nosso Apóstolo da Indepedência José Martí.

Pedro Argüelles Morán
Grupo dos 75
Prisão Provincial de Canaleta, Ciego de Ávila

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Um comentário:

  1. Infelizmente o atual governo federal brasileiro é simpático ao regime de excessão cubano.

    O nosso passado recente aparentemente foi esquecido, talvez por não ter sido mais "duro" ou mais ditatorial como se imaginava.

    A ditadura militar brasileira parecia ser implacável ou maléfica. Hoje os perseguidos do passado tiram fotos ao lado dos irmãos Castro.

    Eu acho que não deveria ser assim, depois de tanta luta pelas Diretas-já.

    Aparentemente a luta armada no passado era uma luta do "bem", pessoas que lutavam para impor uma ditadura esquerdista que resolveria os problemas do país.

    Quem resolveu os problemas do Brasil, foram afinal os militares brasileiros junto com a sociedade burguesa.

    Atualmente os oportunistas vivem suas glórias sobre o trabalho dos outros.

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