
Por Pablo Pacheco, prisioneiro de consciência da Primavera Negra na penitenciária de Canaleta, Ciego de Ávila.
Pela manhã de 8 de janeiro a direção da prisão de Canaleta em Ciego de Ávila, convocou a população carcerária para um matutino especial. Segundo informaram várias fontes, que preferiram o anonimato, a reunião foi presidida por vários militares incluindo o diretor, tenente-coronel Reynerio Díaz Betancourt. Este último reconheceu que em Cuba existe, ao menos, uma prisão para prostitutas; que teve - em 2009 - mais incidentes negativos que a prisão provincial para homens.
Mesmo assim assegurou que a partir deste ano não se permitirão as visitas de homossexuais aos conselhos de família, se não tiverem parentesco próximo aos dos presos, por ser um mal exemplo para a massa presidiária. Em outra parte do discurso, Díaz Betancourt assegurou que nas festividades de fim de ano e celebração de outro aniversário do triunfo da Revolução cubana, um indivíduo, que não identificou, introduziu clandestinamente na prisão um vídeo subversivo onde "um traidor do Partido Comunista de Cuba e do governo, difama o líder da revolução cubana, Fidel Castro Ruz" num programa de televisão transmitido por um canal do sul da Flórida.
O diretor da penitenciária de Canaleta afirmou também que o responsável teve seus benefícios suspensos, entre os quais se incluia o direito de continuar os estudos universitários. A fonte termina explicando que o chefe do centro penitenciário esclareceu que os delitos contra a segurança do Estado, tráfico de pessoas, violação, delitos contra estrangeiros e assassinato de alta conotação, não tem direito a estudar em nível superior, nem à benefícios regulamentados pela Direção de Cárceres e Prisões. Afirmou além disso que a partir de agora qualquer rádio, DVD, celular, câmera fotográfica ou de vídeo, memórias de qualquer modelo ou capacidade serão consfiscadas sem direito a reclamação.

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