quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

As autoagressões: uma constante nos cárceres cubanos

Imagem: A dança - Henri Matisse

Por Pablo Pacheco, prisioneiro político na prisão de Canaleta em Ciego de Ávila

Na manhã de 29 de dezembro o preso comum Yaril Martínez Bustamante foi transladado para a enfermaria da penitenciária de Canaleta por ter autoagredido um de seus braços, segundo contaram à este reporter fontes fidedignas que preferem o anonimato por temor de represálias. Testemunhas afirmam que o jovem recluso cortou suas veias e decidiu começar uma greve de fome devido ao fato de que as autoridades de instrução policial o querem incluir na investigação por corrupção, sob a qual se encontram os militares Rodolfo Leiva González, Victor marín e um terceiro não identificado; os quais estão atualmente detidos nas granjas para internos Nadales 1, Nadales 2 e Vicente, respectivamente a espera de julgamento.

Esses membros do Ministério do Interior foram presos em princípios de setembro último, todavia vários de seus familiares manifestaram que as provas contra eles não são tangíveis para o grave delito que lhes imputa a promotoria. No encerramento desta informação soube-se que Yaril Martínez Bustamante permaneceu toda a noite sem roupas numa cela de castigo desta prisão de Canaleta, suportando uma temperatura de 14 graus Celsius. Também pude ver com meus próprios olhos o recluso Osmany Corudo Ronet auto agredir-se no braço. Este prisioneiro sofre de transtornos psiquiátricos.

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