segunda-feira, 26 de abril de 2010

Em Cuba se vive para trabalhar



Nunca escolho escrever sobre o tema economia. Tenho como filosofia que para se abordar temas econômicos se deve ao menos ter noção do assunto. Com certeza os cubanos dentro da ilha nos convertemos em verdadeiros mágicos para sobrevivermos a crise que se prolonga há muito tempo e sem esperanças de passos positivos à um desenvolvimento financeiro de acordo com os tempos em que vivemos.

Depois de escutar e analizar os dados de uma reportagem da televisão nacional dedicada à medida govenamental de entregar 15 pesos diários aos trabalhadores de quatro grandes empresas e eliminar o almoço com que a maioria dos operários, filiados a Central de Trabalhadores de Cuba, contava, fiz um sem número de contas matemáticas. Para falar a verdade não me deu "palo con la cachimba" segundo reza o adágio popular.

Na realidade o proletariado deste país precisa de uma explicação convincente, não tanto pela obrigação absurda de prescindir do alimento ao meio dia, senão que esta medida traz mais lucro do que o estipêncdio obtido pelo trabalhado realizado diariamente. Na raiz desta situação surge por necessidade uma interrogação: o salário em Cuba é digno de escravos ou a exploração dos diaristas vai mais além do conceito de mais valia apontado por Carlos Marx em sua teoria sobre o capitalismo. Tampouco se pode descartar que ambas concepções caem como anel no dedo dos trabalhadores desta nação.

No trabalho jornalístico citado, a jornalista oficial menciona os organismos de finanças e preços (sic) e outros dois. Segundo ela até a data foram economizados 190 000 pesos. Até aqui perfeito, a poupança nunca é demais. Porém daí à cobrar dos operários um montante de trabalho superior a 8 horas torna-se incrivel, inclusive toca o ridículo.

Só em raras exceções pode-se guardar uma parte das poupanças no banco, os que carregam o peso da economia nacional. Não é segredo que em Cuba ocorre a exceção da regra, pois se vive para trabalhar e não se trabalha para viver. Algo vai mal, ao menos eu acredito nisso. Porém o que se pode fazer num país onde quase tudo se encontra de pernas para o ar e nossa economia, por não sofrer mudanças urgentes, pode entrar em colapso produzindo danos irreparáveis à nação?

Pablo Pacheco, prisioneiro de consciência.

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Um comentário:

  1. Cuba não tem economia.

    Cuba tem apenas escravos que trabalham para sustentar o estado.

    Como pode alguém viver com apenas 20 dólares ?

    Ter um sistema de educação e de saúde grátis custa muito dinheiro.

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